No dia 3 de junho, Evelyn C. acordará de um pesadelo. Estava numa estranha sala sem paredes, acompanhada de uma única pessoa, de quem não enxergava o rosto, apenas a parte de trás da cabeça, independentemente do ângulo ou direção em que se movia. A pessoa, Evelyn C. sabia, conseguia vê-la, mesmo de costas. Acordará com o coração acelerado e terá dificuldades de pegar no sono de novo. O sonho, em pouco tempo, será esquecido. De pé, perceberá que o frio já terá chegado, trazendo um céu cinza, denso, quase inglês, e optará por um chá preto com biscoitos ao invés do habitual café solúvel. Espremerá uma espinha após o banho e escolherá prender o cabelo para não perder tempo penteando-o. O resto do dia transcorrerá como de costume, significando que vestirá as mesmas calças jeans claras do dia anterior, seus fiéis all-stars vermelhos, uma camiseta qualquer e seu único…
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